num parodoxo de movimentos,
numa reaparição de enigmas
sem vantagem na desvantagem
O desconhecido que desconheço,
o timbre em que desfaleço
em tudo me atrai, em tudo me envolve,
quero remetê-lo a um único momento,
Entro incógnito na inquestionável viagem,
irreconhecívelmente conhecido pelo desconhecimento,
caminhando ruidosamente numa devassa imagem
ultrapasso o tempo, para lá de mim mesmo
Liberto-me,
deixo-me levar pelos raivosos ventos,
em direcção ao inexistente paraíso,
o reconhecido enclave que absorve o suspiro,
Acredito,
por tanto viver o que não vivo,
pela melancólica aberração a que se dá o nome de solidão....
..... é isso..... imagino.....
..... um começo, um enredo....
.... uma conspiração....
.... uma imagem adulterada pela inalterável imaginação.